quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dilma Rousseff comete série de gafes em Londres


Era para ser uma noite de gala no London Film Museum, um dos espaços mais privilegiados da capital britânica — a metros da roda gigante London Eye e bem do outro lado do rio Tâmisa em relação ao Big Ben. Mas a deselegância, com pitadas de desorganização, marcou o lançamento de uma campanha publicitária do Brasil na cidade-sede dos Jogos Olímpicos. O evento integra uma ação coordenada em mais de 100 países.
Até a presidente Dilma Rousseff, que raramente quebra protocolos, causou estranhamento nos cerca de 300 britânicos influentes que ali estavam ao intervir de forma nada cerimonial no evento. Falou sem ser apresentada, cobrou a organização no microfone pela falta de introdução para a apresentadora da noite, a ex-jogadora Hortência, e foi indelicada ao mesmo tempo com a China e a Grã-Bretanha, sedes das Olimpíadas de 2008 e de 2012.
“As últimas Olimpíadas têm que ser sempre as melhores de todos os tempos. Tenho certeza de que em Londres vamos ver esse espetáculo. Quando chegar a vez do Rio, vamos fazer a nossa parte”, disse a presidente. Os chineses, principais parceiros comerciais do Brasil hoje, construíram uma rivalidade com os britânicos nos últimos anos exatamente por terem organizado Jogos multimilionários em Pequim quatro anos atrás.
Na pequena plateia, de aproximadamente 100 pessoas, foram inevitáveis alguns olhares de reprovação entre os britânicos. “How ankward”, disse um deles. Na tradução, “que estranho”. Ficou ainda mais quando o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Flávio Dino, deu a Dilma uma miniatura de um típico ônibus de dois andares londrino. “É para o seu neto Gabriel”, disse ele. Aplausos brasileiros.
Mas na plateia britânica, ninguém pareceu ter entendido. E não foi por falta de ânimo, já que o mesmo grupo aplaudiu efusivamente uma apresentação de música brasileira e um curioso vídeo publicitário, com turistas de todo o mundo chegando ao Rio de Janeiro — inclusive de balão. Até a mídia brasileira estranhou essa.
No coquetel pós-evento, o menu incluiu caipirinhas aguadas como se fossem drinques britânicos e coxinhas. Muitas britânicas recusaram os dois. “Eu achava que as bebidas brasileiras fossem mais fortes”, disse uma delas. Se a ideia do governo é de triplicar a renda com turismo até 2017, logo depois dos Jogos do Rio, vai precisar se esforçar mais.

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