Um dia após completar dois meses desde que o estado de calamidade
pública foi decretado na Saúde Estadual do Rio Grande do Norte, a
governadora Rosalba Ciarlini concedeu entrevista exclusiva ao
G1, na
manhã desta quarta-feira (5), e fez um balanço dos primeiros 60 dias de
validade do Decreto nº 22.844, assinado no dia 4 de julho passado.
Inicialmente, o documento tem validade de 180 dias contados a partir da
sua publicação.
Rosalba Ciarlini avaliou positivamente os primeiros dois meses do
Decreto, apontando o início das reformas em unidades regionais de Saúde e
a ampliação do número de leitos de clínica médica e Unidades de Terapia
Intensiva (UTIs) em hospitais de Natal
e Região Metropolitana. Ressaltou, porém, que encontrou a Saúde num
estado caótico e a reorganização do setor demandou tempo e que não foi
ela quem criou a atual situação.
A governadora comentou, ainda, sobre os recentes crimes envolvendo
policiais civis, os ataques aos postos e agências bancárias e dos
Correios em nove municípios potiguares e também sobre as interdições em
quatro unidades prisionais. Confira abaixo a íntegra da entrevista.
G1 - Como o Governo do Estado gerencia a questão da
calamidade pública na Saúde e as consequências da assinatura do decreto
após dois meses da sua publicação?
RC - A
calamidade foi decretada por 180 dias. Nesses 180 dias, nós temos prazos
e metas a serem cumpridas. As metas dos dois primeiros meses estão
dentro do cronograma e estão sendo cumpridas. Quais são elas? Ampliar os
leitos de retaguarda. Para isso, nós estamos reformando os hospitais.
Estamos fazendo uma reforma no Hospital João Machado, para que muito em
breve nós tenhamos 40 leitos; estamos agilizando as obras no Hospital da
Polícia e serão mais 35 leitos; no Hospital Ruy Pereira, nós já estamos
utilizando mais 29 leitos; no Hospital Infantil Varela Santiago, numa
parceria, estão sendo ampliados 10 leitos de UTI; no Hospital Maria
Alice Fernandes, com uma pequena reforma, iremos abrir mais 4 leitos de
UTI; no Hospital Santa Catarina só estamos esperando que os médicos se
apresentem para começar com mais 10 leitos de UTI Neonatal que já estão
prontos. As obras estão andando nos Hospitais Rafael Fernandes, no de
Macaíba, no Giselda Trigueiro, no João Machado e no Santa Catarina. Além
disso, na próxima semana, iniciaremos as obras nos Hospitais Walfredo
Gurgel, Tarcísio Maia, de São Paulo do Potengi, Santo Antônio do Salto
da Onça e João Câmara. O projeto de Caicó e Mossoró está sendo feito. Já
licitamos R$ 10 milhões em equipamentos e insumos. Já foram comprados e
estamos esperando receber R$ 5 milhões em medicamentos. Além disso, nós
regularizamos todas as pendências, inclusive a da Coopmed, que estava
com contrato vencido e foi tudo renovado por seis meses de forma
emergencial para dar mais agilidade. Nós implementamos o ponto
eletrônico em 90% das unidades de saúde porque não é possível a
sociedade saber que dos recursos que são repassados à Secretaria de
Saúde, que chegam a quase R$ 100 milhões mensais, nós temos 85% dos
gastos somente com pessoal (folha de pagamento) e faltam determinados
serviços por falta de pessoal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário