O que leva um time de futebol de determinada região a ter um patrocínio até 30 vezes maior que de outros lugares? É o que os senadores querem saber em Audiência pública.
Na próxima quarta-feira, 13 de junho, os senadores
vão debater com jornalistas e dirigentes esportivos as distorções nas cotas de
patrocínio do campeonato brasileiro, independente da série. A iniciativa é dos
senadores Paulo Davim (PV-RN) e Paulo Paim (PT-RS) e ganhou o apoio da Comissão
de Educação, Cultura e Esporte. A audiência ocorrerá às 10h, na Comissão de
Educação, Cultura e Esporte, no Senado Federal, em Brasília (DF).
Atualmente há uma concentração regional na
distribuição do dinheiro arrecadado pela Confederação Brasileira de Futebol. Os
clubes do Norte, Nordeste e parte da região Sul recebem bem menos verbas dos
direitos de imagem. Mesmo clubes centenários, líderes em conquistas estaduais e
vencedores de séries nacionais são discriminados no momento do rateio do
patrocínio.
Segundo o senador Paulo Davim essas distorções
podem prejudicar o caráter nacional do campeonato e inibir o surgimento de
novos e bons jogadores em todas as regiões do país. “Estamos assistindo uma
perigosa concentração na série principal do campeonato, na qual apenas oito
estados estão representados. O problema se repete na segunda divisão, com
apenas onze estados. Sem verbas os clubes ficam enfraquecidos, sem capacidade
de investir em infraestrutura e, com isso, não revelam novos talentos nem
conseguem reforços para brigar por títulos”, garantiu o senador.
A audiência pública é uma oportunidade para todos
que estão diretamente ligados ao futebol discutam de forma propositiva uma
maneira de valorizar os clubes de todas as regiões. O senador do Rio Grande do
Norte destaca que o futebol continua sendo o esporte mais popular do país, sem
distinção de classe social e uma característica singular da nossa nacionalidade.
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