
Raimundo Nonato, natural de Marcelino Vieira, é filho de pai agricultor aposentado e mãe dona de casa. A aluna Estela Naiara, residente no Sitio Pau Branco, Zona Rural do município de São Miguel, tem pai agricultor aposentado e deficiente visual e mãe trabalhadora no setor de artesanato. Ambos sempre estudaram em escola pública e hoje comemoram o resultado da seleção do Programa. "Fiquei muito feliz quando vi o resultado, não acreditei. Saí gritando para a sala da coordenação para contar ao professor Ulysses e ligar para os meus pais", comentou Estela Naiara.
Para o aluno Raimundo Nonato, todos do Câmpus Pau dos Ferros ajudaram muito, professores e servidores dos Câmpus Macau e do Natal-Central também. "Eu não tinha feito o teste de proficiência em italiano e eu não sabia como fazer. Todo mundo do IFRN acreditou em mim. Eu fui para Natal para fazer o teste de proficiência bancado pelo Instituto pois eu não tinha dinheiro para pagar a inscrição no teste. Se não fosse o IFRN, eu não teria conseguido fazer o exame de proficiência", disse.
Estela Naiara disse que teve um grande apoio da Coordenadoria de Pesquisa e Inovação do Câmpus Pau dos Ferros, na pessoa do professor Ulysses Vieira, sempre encorajando-a. "Eu tive que ir de van para Natal fazer o teste online no Câmpus Natal-Central, já que a internet de lá é mais estável e não cai. Fiquei hospedada na casa de um professor e voltei para Pau dos Ferros no ônibus do IFRN com os alunos que foram a um evento em Recife, aproveitando a carona".
Com a seleção, eles irão cursar química durante um ano na Universidade de Roma Tor Vegata, na Itália. "A gente vai em meados de agosto pra lá e vai estudar, durante um mês, italiano. Em setembro é que nossas aulas de química vão começar", disse Raimundo Nonato. A expectativa e ansiedade tomam conta dos dois. Segundo Estela, "não é todo dia que a gente sai do sertão potiguar e vai para Europa estudar. Será um grande diferencial poder avaliar como funciona o ensino italiano e poder colocar em prática na minha terra. Estou muito feliz".
Os alunos acreditam que no começo será um pouco difícil por causa do frio e fuso horário, mas que com o tempo irão se adaptar. "Será um experiência incrível poder conhecer uma nova cultura e novas pessoas, sem falar que eu vou viajar de avião pela primeira vez", relatou Raimundo Nonato. Os estudantes comentaram ainda sobre a importância da bolsa de iniciação científica. "Acredito que ela fez a diferença no processo seletivo. Queria falar aos alunos de todos os Câmpus que se surgir a oportunidade em conseguir a bolsa, que eles não pensem só no dinheiro, mas principalmente no aprendizado adquirido. Isso é o que realmente importa", frisou Estela Naiara.
*Com informações da Assecom do IFRN
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